Resumo - Os setes saberes necessários à educação do futuro - Morin, E
Edgar Morin - antropólogo, sociólogo, filósofo francês, professor de geografia e história.
É considerado um dos principais pensadores contemporâneos e um dos principais teóricos do campo de estudos da complexidade, que inclui perspectivas anglo-saxônicas e latinas.
Sua abordagem é conhecida como "pensamento complexo" ou "paradigma da complexidade".
" A educação depende da união dos saberes, pois o que existe hoje é a total fragmentação, divisão onde encontramos duas linhas de educação: de um lado a escola, dividida em partes, de outro lado à vida, onde os problemas são cada vez mais multidisciplinares, globais e planetários, não podemos dividir a educação do ser humano, porque o ser humano não é divisível".
É considerado um dos principais pensadores contemporâneos e um dos principais teóricos do campo de estudos da complexidade, que inclui perspectivas anglo-saxônicas e latinas.
Sua abordagem é conhecida como "pensamento complexo" ou "paradigma da complexidade".
" A educação depende da união dos saberes, pois o que existe hoje é a total fragmentação, divisão onde encontramos duas linhas de educação: de um lado a escola, dividida em partes, de outro lado à vida, onde os problemas são cada vez mais multidisciplinares, globais e planetários, não podemos dividir a educação do ser humano, porque o ser humano não é divisível".
Em 1999, a Unesco solicitou ao filósofo francês Edgar
Morin a sistematização de um conjunto de reflexões que servissem como ponto de
partida para se repensar a educação do século XXI.
Preparado a partir do trabalho conjunto de educadores em todo o mundo, o estudo resultou no livro “Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro”, que critica as falhas da educação e propõe novos caminhos para a formação de jovens, futuros cidadãos do mundo.
O autor acredita que a educação acontece nas mais variadas esferas da vida do ser humano desde o seu nascimento passando pelas incertezas, destruições, desenvolvimento, e verdadeiras metamorfoses das evoluções desorganizadas até sua morte
link do resumo abaixo
Os sete saberes indispensáveis enunciados por Morin são:
Preparado a partir do trabalho conjunto de educadores em todo o mundo, o estudo resultou no livro “Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro”, que critica as falhas da educação e propõe novos caminhos para a formação de jovens, futuros cidadãos do mundo.
O autor acredita que a educação acontece nas mais variadas esferas da vida do ser humano desde o seu nascimento passando pelas incertezas, destruições, desenvolvimento, e verdadeiras metamorfoses das evoluções desorganizadas até sua morte
link do resumo abaixo
Os sete saberes indispensáveis enunciados por Morin são:
Evitar as cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão:
Como a percepção do mundo é sempre uma reconstrução, estamos todos sujeitos ao
erro e a ilusão. É um problema de todos e cada um deve levá-lo em conta
desde muito cedo e explorar as possibilidades de erro para ter condições
de perceber a realidade. Não temos a verdade absoluta.
Os princípios do conhecimento pertinente:
Os princípios do conhecimento pertinente:
É preciso ter uma visão capaz de perceber o conjunto. É
necessário dizer que não é a quantidade de informações, nem a sofisticação, que
podem fornecer sozinhas um conhecimento pertinente, mas sim a capacidade
de colocar o conhecimento no contexto.
O contexto tem necessidade de seu próprio contexto. E o
conhecimento, atualmente, deve se referir ao global.
Por exemplo, os acidentes locais têm repercussão sobre o
conjunto e as ações do conjunto sobre os acidentes locais. Tudo o que fazemos influencia o outro.
Ensinar a condição humana:
É curioso que nossa identidade seja completamente ignorada
pelos programas de instrução.
Podemos perceber alguns aspectos do homem biológico em Biologia, alguns aspectos psicológicos em Psicologia, mas a realidade humana é indecifrável.
Podemos perceber alguns aspectos do homem biológico em Biologia, alguns aspectos psicológicos em Psicologia, mas a realidade humana é indecifrável.
Somos indivíduos de uma sociedade e fazemos parte de uma
espécie. Ao mesmo tempo em que fazemos parte de uma sociedade, temos a
sociedade como parte de nós, pois desde o nosso nascimento a cultura nos
imprime.
Nós somos de uma espécie, mas ao mesmo tempo a
espécie está em nós e depende de nós. Portanto, o relacionamento entre
indivíduo-sociedade-espécie é como a trindade divina, um dos termos gera o
outro e um se encontra no outro. A realidade humana é trinitária.
Ensinar a compreensão:
A palavra compreender vem do latim, compreendere,
que quer dizer: colocar junto todos os elementos de explicação, ou seja, não
ter somente um elemento de explicação, mas diversos.
A grande inimiga da compreensão é a falta de preocupação em
ensiná-la.
Na realidade, isto está se agravando, já que o individualismo
ganha um espaço cada vez maior. Estamos vivendo numa sociedade individualista,
que favorece o sentido de responsabilidade individual, que desenvolve o
egocentrismo, o egoísmo e que, consequentemente, alimenta a auto-justificação e
a rejeição ao próximo.
Por isso, é importante compreender não só os outros como a
si mesmo, a necessidade de se autoexaminar, de analisar a auto-justificação,
pois o mundo está cada vez mais devastado pela incompreensão.
Enfrentar as incertezas:
Apesar das escolas ensinarem somente as certezas, como a
gravitação de Newton e o eletromagnetismo, atualmente a ciência tem abandonado
determinados elementos mecânicos para assimilar o jogo entre certeza e
incerteza, da microfísica às ciências humanas.
É necessário mostrar em todos os domínios, sobretudo na
história, o surgimento do inesperado.
As duas guerras mundiais destruíram muito na primeira metade
do século XX. Três grandes impérios da época, por exemplo, o romano-otomano, o
austrohúngaro e o soviético, desapareceram.
Assim tem acontecido em todas as etapas da história. O
inesperado aconteceu e acontecerá, porque não temos futuro e não temos certeza
nenhuma dele. As previsões não foram concretizadas, não existe determinismo do
progresso.
Ensinar a identidade terrena:
O fenômeno da globalização que estamos vivendo hoje – e
começou, na verdade, no século XVI com a colonização da América e a
interligação de toda a humanidade - é um outro aspecto que o ensino ainda não
tocou.
O crescimento da ameaça letal se expande em vez de diminuir:
a ameaça nuclear, a ameaça ecológica, a degradação da vida planetária.
É necessário ensinar que não é suficiente reduzir a um só a
complexidade dos problemas importantes do planeta, como a demografia, a
escassez de alimentos, a bomba atômica ou a ecologia. Os problemas estão todos
amarrados uns aos outros. É preciso mostrar que a humanidade vive agora uma
comunidade de destino comum.
A ética do gênero humano:
Os problemas da moral e da ética diferem da cultura e da natureza
humana. Existe um aspecto individual, outro social e outro genético, de
espécie.
Algo como uma trindade em que as terminações são ligadas: a
antropoética. Cabe ao ser humano desenvolver, ao mesmo tempo, a ética e a
autonomia pessoal (as nossas responsabilidades pessoais), além de desenvolver a
participação social (as responsabilidades sociais), ou seja, a nossa
participação no gênero humano, pois compartilhamos um destino comum.
Tudo deve estar integrado para permitir uma mudança de
pensamento, isto é, para que transforme a concepção fragmentada e dividida do
mundo, que impede a visão total da realidade. Essa visão fragmentada faz com
que os problemas permaneçam invisíveis para muitos, principalmente
para governantes.
E hoje que o planeta já está, ao mesmo tempo, unido e
fragmentado, começa a se desenvolver uma ética do gênero humano, para que
possamos superar esse estado de caos.
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